POLUIÇÃO

De acordo com estudos científicos, a emissão dos gases resultantes da queima de lixo nos depósitos irregulares é equivalente ao movimento anual de uma frota superior a 130 mil carros. Já a produção de gás CH4 oriundo da decomposição dos resíduos dispostos em lixões, equivale quase ao impacto da actividade do vulcão Etna, na Itália. Se esta quantidade fosse revertida em biogás para a produção de energia eléctrica, seria possível abastecer por um ano toda a área residencial de uma cidade com 600 mil habitantes. Um dos factores mais preocupantes é que a produção de CH4 não cessa com a interrupção do despejo irregular de resíduos. O lixo destinado de maneira errada hoje pode deixar de emitir o gás definitivamente somente daqui a 30 anos.
Para tal avaliação, utilizou-se como base de dados as bandas termais do MODIS (31 e 32) e ópticos (1,2 e 3) para avaliar a emissão do CH4 em Luanda. Um modelo empírico baseado em temperatura e produtividade tem sido usado para investigar a resposta da emissão do CH4 de diferentes fontes. O modelo tem potencial para estimar a emissão de CH4 em nível global e regional com base em sensoriamento remoto orbital.
Desta forma, foi possível gerar o resultado da média do CH4 referente ao mês de Abril, validado com os resultados globais da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).
O metano é relatado como uma “fracção molar de ar seco”, definida como o número de moléculas de metano dividido pelo número total de moléculas na amostra, após a remoção do vapor de água. A fracção molar é expressa como nmol mol -1 , abreviado “ppb” (para partes por bilhão; 1 ppb indica que uma em cada bilhão de moléculas em uma amostra de ar é CH4).
Com o resultado gerado para o mês de Abril último, o LAOT dá início aos estudos e monitoramento da poluição do ar em Luanda, capital de Angola.
